O dia não começou muito cedo e, dado que já tinha combinado um almoço, decidi não tomar o pequeno-almoço (hábito que vou tentar eliminar ao máximo). A escolha acabou por ser um indiano aqui perto de casa que, curiosamente, só tem comida vegetariana. Quer dizer, não é assim tão curioso já que há várias zonas da Índia em que o vegetarianismo é a primeira opção culinária. A Wikipedia diz que é o país com maior número de vegetarianos e não sou eu que o vou negar.
A refeição estava saborosa, ainda que longe dos calcanhares do meu mui querido Clay Oven em Ealing. Comparações aparte, esteve-se bem e comeu-se bem. Talvez por estar habituado a fazê-lo, achei estranho não pedir uma Coca-Cola para acompanhar a refeição. Principalmente por ouvir o barulho característico de uma garrafa a ser aberta com um tira-cápsulas. Olhei para a secção de bebidas do menu, algo que NUNCA faço, e acabei por optar por um sumo de laranja natural. Senti a mesma estranheza do jantar de ontem devido à textura do sumo, ou talvez pela falta de gás. Não comi sobremesa, todas tinham açúcar.
Parámos num Costa para tomar um café (eu não, que não bebo) e ainda que tivesse olhado de repente para ver se havia alguma coisa que me apetecesse, não encontrei nada sem açúcar. Mais tarde, tive que passar pela estação e no caminho comprei um pretzel, que tinha surgido numa conversa ao almoço e me tinha deixado com desejos. Comi-o a seco.
Senti pelo menos duas vezes durante o dia que estava a salivar mais que o normal, eventualmente sinal do corpo a ressentir-se da falta (ou dose reduzida) de açúcar? Tirando isso não senti nada de anormal a não ser o desejo pela Coca-Cola no restaurante indiano.
O jantar foi super calmo num restaurante japonês no Southbank e com óptima companhia. O serviço não foi muito forte e a comida, ainda que boa, a meu ver não bate a do Hare & Tortoise em Kensington. Optei pelo sushi, embora não estivesse muito virado para comida fria. Tremi um pouco quando cheguei (atrasado) e vi que dois dos meus amigos tinham pedido Coca-Cola. De novo, o inconsciente, aparentemente consciente do que se estava a passar, fez questão de me dar um beliscão para eu acordar. Pedi, meio entredentes, uma garrafa de água natural. Durante o jantar, entre vários tópicos mais interessantes cheguei a algumas conclusões em relação a estes três meses: eu estou a fazer isto para combater a tentação e ver até que ponto consigo resistir à facilidade de comer algo doce sempre que me apetece; não estou a fazer isto para eliminar por completo TODOS os produtos que tenham um traço de açúcar na sua composição da minha dieta e, eu não bebo água para acompanhar a refeição mas sim para saciar a sede, a Coca-Cola serve de complemento à refeição e é por isso que tenho estranhado o uso da primeira ao invés da segunda. Conclusão: vai ser mais complicado do que parece!
Ainda que o sushi estivesse bom, a fomeca continuou presente depois do jantar. A sugestão foi uma passagem rápida pelo McDonald's da estação de Waterloo antes de virmos para casa para picar umas batatas fritas. Pedi umas batatas médias e... uma garrafa de água. Comeu-se bem mas, de novo, água é algo que eu bebo quando tenho sede e não como acompanhamento de refeição. No entanto, não deixou de saber bem.
Amanhã volto ao escritório, vamos ver como vai ser.




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